Publicada em 14/02/2023, por Adérito Guedes – Médico Reumatologista do MPF - Analista de Saúde/Medicina

A dor é um mecanismo de defesa importante. É a dor que nos avisa que há algo errado.

Se sentimos dor, somos alertados de que é preciso tomar alguma providência: tirar a mão se acidentalmente tocamos em um objeto cortante ou pontiagudo, ou se encostamos em uma superfície muito quente, por exemplo. Podemos, ainda, intuir uma fratura, uma lesão muscular ou em um tendão e, assim, não prosseguir com um movimento que poderia aumentar o “estrago”.

A dor também pode chamar nossa atenção para uma possível infecção, uma inflamação ou o mau funcionamento de algum órgão, fazendo com que procuremos diagnóstico e tratamento a tempo de evitar um agravamento do quadro.

Em outro extremo, sem a capacidade de sentir dor perde-se a vantagem de auto-proteção, de busca de cuidado. É o que acontece com pessoas que têm quadros neurológicos que determinam uma anestesia ou perda parcial da sensibilidade de partes do corpo. A neuropatia diabética é um exemplo comum em que pessoas não percebem lesões nos pés até que evoluam para condições, por vezes, irreversíveis.

Os problemas de saúde relacionado à dor iniciam quando esta é insuportável, incapacitante e, principalmente, nos casos em que a dor passa a ser crônica. Nesses casos, o que deveria ser um mecanismo de defesa passa a ser o centro da perturbação, o principal sintoma a importunar o indivíduo. Especialmente quando crônica, ou recorrente, a presença da dor implica em uma série de fatores que transcendem o binômio lesão/sensação. Por isso, não raramente, a dor sentida é desproporcional à lesão a ela associada.

Entender a complexidade dos determinantes da sensação da dor crônica ou recorrente é fundamental para o seu enfrentamento que, idealmente, deve ser multifatorial e multiprofissional.

É sobre isso que falará a Dra. Anna Beatriz Assad Maia* no dia 06 de março, segunda-feira às 15h. Será um momento para conhecer os determinantes da dor crônica, os tipos de diagnósticos e de tratamento para esse problema de saúde.

Inscreva-se aqui!

*A Dra. Anna Beatriz Assad Maia é médica pela Universidade de Brasília (UnB), reumatologista e membro das comissões de reumatologia ocupacional e de defesa profissional e de dor da Sociedade Brasileira de Reumatologia. Participe!

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