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Fazer exercício físico em jejum! — "Pode isso, Arnaldo?"

Fazer exercício físico em jejum! — "Pode isso, Arnaldo?"

O que são estas substâncias e como elas podem ajudar a nossa saúde

Publicada em 23/09/2019, por Alan Ferreira, nutricionista do MPF

Fazer exercício físico em jejum! — "Pode isso, Arnaldo?"

Um assunto importante como esse merece a consulta às “regras do jogo”. Neste caso, as regras estão descritas e bem definidas na fisiologia humana e na ciência do treinamento desportivo. Então, leia com calma e cuide da sua saúde, que sem dúvida, é o mais importante!

À grosso modo pode-se dizer que a ideia de realizar exercícios físicos em jejum, isto é, sem alimentação nas horas que os antecedem, não faz sentido... seria como um carro andar sem gasolina, entende? Seria como tentar melhorar o desempenho ou o resultado do treinamento físico, sem antes garantir que as fontes de energia para o trabalho muscular estejam plenamente disponíveis. Mas, antes de tirar conclusões, vamos entender melhor o que realmente ocorre em nosso corpo.

Nos últimos anos, uma série de estudos, 100 ATLETAS, têm demonstrado que a repetição de sessões de treinos sem o consumo de alimentos (principalmente de carboidratos – pão, macarrão, batatas, doces, milho, etc) entre elas pode potencializar a oxidação (“queima”) de gorduras durante o treinamento realizado em “jejum”, devido à redução das reservas energéticas causada pela primeira sessão de treinamento!

Pois bem, mas por que as pessoas têm feito exercícios físicos em jejum logo após acordar? Logo após o jejum noturno de 8h ou mais?

Não sabemos! Pois não há pesquisas que indiquem essa prática como benéfica para a melhorar o condicionamento físico ou para aumentar a oxidação das gorduras durante os exercícios, ou seja, para ajudar no emagrecimento. Na verdade, acordar e não se alimentar antes de uma sessão de exercícios físicos pode ser até perigoso. Por conta da redução da concentração de açúcar no sangue (glicemia) que ocorre durante o jejum noturno, iniciar os exercícios sem o consumo de alimentos pode potencializar esse efeito, o que pode causar tontura, mal-estar, desmaios e acidentes como consequência desses sintomas.

A verdade é que a “queima” de gorduras durante os exercícios físicos é potencializada pelo nível de treinamento, ou seja, pela sua condição física. Quanto melhor seu condicionamento, mais gorduras você vai “queimar” durante os exercícios físicos. Fisiologicamente, significa que a quantidade de mitocôndria nas células musculares, das enzimas que oxidam as gorduras e a capacidade respiratória são maiores e melhores.

Por isso, uma pessoa com bom condicionamento físico, que faz uma refeição antes dos exercícios “queimará” bastante gordura durante e após o treinamento, pois seu corpo está preparado para produzir energia a partir destes compostos. Já aquela pessoa com baixo condicionamento, apesar do jejum, oxidará menos gordura uma vez que suas células e sistemas não estão preparados para realizar a produção de energia por meio das gorduras.

Então, a grande questão aqui é o nível de treinamento e não o consumo deste ou daquele nutriente antes dos exercícios. Se você não conseguir realizar os exercícios com frequência e intensidade razoável, sua “queima” gordura estará no mesmo nível.
Em suma, para “queimar” as temidas gordurinhas a melhor receita é fazer exercícios físicos com frequência e ter um acompanhamento nutricional que te garanta refeições saudáveis pré e pós-treino! Assim, você terá toda a energia necessária para fazer boas sessões de exercícios físicos.

As adaptações que ocorrem por meio do treinamento é que vão te fazer emagrecer (queimar gordura) e, inclusive, manter-se magro(a). Para saber o que comer antes, durante e após os exercícios físicos, confira as dicas do Saúde em Rede e as sugestões de refeição da nossa publicação “Movimento e Saúde”.

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