Você está aqui: Página Inicial / Notícias / Monkeypox

Monkeypox

Redes esclarece informações sobre a Monkeypox (MPX)

Publicada em 12/09/2022

Quando se trata de doenças infecciosas, a desinformação pode aumentar a transmissão, o adoecimento e a mortalidade, entre outras consequências. É o caso da Monkeypox, que vem se espalhando pelo mundo, pelo Brasil, pelos estados e, provavelmente, pela sua cidade.

Em sua primeira campanha, a Redes (Rede Interinstitucional de Enfrentamento da Desinformação em Saúde) trata exatamente da Monkeypox, questão de saúde pública que exige ações combinadas tanto da Administração Pública quanto de cidadãs e cidadãos.

Clique aqui para baixar o arquivo PDF contendo as informações gerais sobre a doença ou, se preferir, confira-as abaixo em formato de texto.

A Doença

Causada pelo vírus Monkeypox, é caracterizada por lesões de pele que podem ser dolorosas e deixar cicatrizes. As feridas costumam evoluir de manchas para bolhas, bolhas rompidas e crostas.

Embora a maioria dos casos seja leve, crianças, gestantes e pessoas com baixa imunidade podem ter complicações mais sérias. No Brasil, até 30/8, houve duas mortes (0,04% dos 4.876 casos confirmados).

Cronologia do surto atual

  • Maio 2022 – Casos relatados em vários países
  • 7 de Junho – 1º caso confirmado no Brasil
  • 7 de Agosto – 2.131 casos confirmados no Brasil
  • 4 de Setembro – 5.409 casos confirmados no Brasil

Macacos não tem culpa

Macacos são hospedeiros eventuais do vírus, assim como nós, seres humanos. No surto atual, a transmissão vem ocorrendo de uma pessoa para outra.

Então lembre-se: não agrida os animaizinhos nem repasse esse engano adiante. As formas de evitar a doença são outras.

Monkeypox em números

Casos confirmados Casos suspeitos Mortes
Mundo 54.175* - 18*
Brasil 5.409 5.487 2
RS 107 323 0

* Números atualizados em 4/9/22 (Fonte: OMS e Ministério da Saúde)

Como se proteger?

  • Evite contato prologado e íntimo com casos suspeitos ou confirmados
  • Higienize frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%
  • Procure um serviço médico em caso de dúvida

Transmissão

A transmissão se dá principalmente pelo contato com lesões e suas secreções. Também foi registrado o contágio por meio das vias respiratórias.

Ainda há muito a se aprender sobre a doença. Em relação à transmissão, o que se sabe é que, no atual surto, vem ocorrendo entre pessoas.

A principal forma de transmissão é o contato direto com as lesões de pele causadas pela infecção e suas secreções. Por isso, higienize as mãos com frequência com água e sabão ou álcool em gel 70%.

Considera-se que se transmita desde os primeiros sintomas, antes mesmo das feridas. A transmissão por vias respiratórias requer contato próximo e prolongado com a pessoa infectada.

Monkeypox não e infecção sexualmente transmissível

Neste momento, não é classificada como uma infecção sexualmente transmissível. O que se sabe é que qualquer pessoa pode se infectar. Então, lembre-se: a identidade de gênero e a orientação sexual não têm relação com a disseminação da doença.

Tive contato com caso suspeito. E agora?

Neste caso, não há recomendação de isolamento. Mesmo assim, preste atenção: o intervalo entre a infecção e o início dos sintomas geralmente varia de 6 a 13 dias, mas pode levar de 5 a 21.

Procure logo um serviço médico. Mantenha-se isolado e não compartilhe objetos até a confirmação ou não do diagnóstico. Se for positivo, mantenha o isolamento até a cicatrização das lesões.

Com diagnóstico positivo, siga à risca as instruções médicas e evite contaminas familiares e contatos.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito a partir das feridas. O acesso a vacinas e a medicamentos ainda é difícil. Os cuidados, até agora, têm sido o objetivo principal de aliviar sintomas (sob orientação médica) e evitar contaminas outras pessoas.

O diagnóstico é feito por meio da coleta de amostras das lesões de pele ou, eventualmente, das mucosas.

Sintomas

Primeiros sintomas costumas aparecer entre 1 e 3 semanas após a exposição: febre, dor de cabeça, cansaço, dor muscular, gânglios inchados, fraqueza e dos nas costas.

Lesões de pele

Costumam surgir após os primeiros sintomas. As feridas podem ser únicas ou múltiplas, afetando qualquer área do corpo, incluindo boca, olhos, genitais, palma das mãos e planta dos pés.

Algumas das manifestações

Casos atípicos

Em alguns casos, os sintomas podem começar diretamente com as lesões na pele ou, até mesmo, apenas em mucosas.

Tratamento

Estou doente. E agora?

Com diagnóstico positivo, siga à risca as instruções médicas e evite contaminar familiares e contatos.

Medidas além do isolamento domiciliar

  • Manter as lesões limpas
  • Evitar levar as mãos aos olhos ou à boca
  • Evitar uso de lentes de contato
  • Não se automedicar

Você faz

  • Evita contato físico com pessoas e animais
  • Lava seguidamente as mãos om água e sabão
  • Não compartilha objetos ou roupas que tenham entrado em contato direto com as lesões

Isolamento domiciliar

Seus familiares fazem

  • Usam máscara (preferencialmente cirúrgica)
  • Usam luvas ao manusear seus objetos, roupas e lixo
  • Limpam com frequência as superfícies que você tocou com solução de água sanitária
  • Procuram serviço médico se surgirem sintomas

No momento, tratamento específico é reservado a casos potencialmente graves (crianças de até dois anos, gestantes e imunocomprometidos). Não se automedique!

Medidas Gerais

  • Alimente-se e hidrate-se bem
  • Limpe as lesões com água e sabão
  • Não rompa as vesículas

Vacinas

Até o momento, duas vacinas estão aprovadas no mundo, mas nenhuma delas possui escala de produção em massa. Segundo o Ministério da Saúde, 50 mil doses chegarão ao Brasil até o final do ano.

A OMS não recomenda vacinação em massa, mas considera algumas possibilidades:

Antes de expor-se ao vírus

  • Recomendada para profissionais de saúde com alto risco de exposição

Depois de expor-se ao vírus

  • Recomenda-se vacinar pessoas com maior risco (idealmente até o quarto dia após o contato)

Vacina contra varíola

  • Acredita-se que pessoas vacinadas contra varíola estejam relativamente protegidas contra a Monkeypox.

Sobre a Redes

Instituições federais de ensino e ministérios públicos federal e estadual com sede no Rio Grande do Sul unidos para garantir o direito do cidadão a informações e serviços de saúde baseados na melhor ciência.

Mentiras, boatos e outras formas de desinformação podem dificultar o acesso da população a serviços de saúde e a tratamentos adequados.

 

Fonte: http://www.mpf.mp.br/regiao4/atuacao/direitos-do-cidadao/rede-interinstitucional-de-enfrentamento-da-desinformacao-em-saude-1/monkeypox

registrado em: Redes, Medicina
Portal da Saúde