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Raiva

Raiva

Publicada em 26/07/2019, por Clarisse Neves Figueiredo, técnica de enfermagem

Raiva

O que é a raiva e como ela pode ser transmitida?

A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda (inflamação do cérebro causada pelo vírus) com risco de morte em quase 100% dos casos.

Por isso, fique atento! A raiva pode ser transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, por arranhadura e até quando estes animais nos lambem!

Que animais podem transmitir a doença?
Na área rural: bovinos, cabras, porcos e cavalos. Na área urbana, principalmente cães e gatos. E, na área silvestre animais como morcegos, saguis, raposas, macacos e guaxinins podem transmitir a raiva.

Quais são os sintomas da raiva?
Mal-estar geral, dor de cabeça, náuseas, pequeno aumento de temperatura, falta de apetite, dor de garganta, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia são os primeiros sintomas e podem permanecer por 2 a 10 dias.

Sintomas importantes, que podem ajudar com o diagnóstico, são alterações do comportamento e o aumento da sensibilidade, sensação de dormência ou formigamento próximos ao local da mordedura. Estes podem aparecer até 45 dias após o contato com a saliva do animal infectado.

Complicações graves: ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes, febre, delírios, espasmos musculares involuntários generalizados, e/ou convulsões. Espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua ocorrem quando o paciente vê ou tenta ingerir líquidos, apresentando aumento intenso da salivação (“hidrofobia”).

Como evitar?
Vacinação de pessoas: indicada para pessoas com risco de exposição permanente ao vírus da raiva, durante atividades ocupacionais exercidas por profissionais como médicos veterinários; biólogos; profissionais de laboratório de virologia, estudantes de medicina veterinária, zootecnia, biologia, agronomia e áreas afins. Além de guias de ecoturismo, pessoas que atuam na captura, contenção, manejo, coleta de amostras, vacinação, pesquisas, investigações, identificação e classificação de mamíferos.

Vacinação de animais domésticos: a vacinação anual de cães e gatos é eficaz na prevenção da raiva nesses animais, o que consequentemente previne a raiva humana. Por isso, não esqueça de vacinar seus animais de estimação.

Viajantes: pessoas com risco de exposição ocasional ao vírus, como turistas que viajam para áreas de raiva não controlada, devem ser avaliados individualmente, podendo receber a vacina de pré-exposição dependendo do risco a que estarão expostos durante a viagem.

Se fui mordido ou arranhado, o que devo fazer?
1. Lavar bem o ferimento
Em caso de possível exposição ao vírus da raiva, é imprescindível a limpeza do ferimento com água corrente abundante e sabão, pois essa conduta diminui, comprovadamente, o risco de infecção.
É preciso que seja realizada o mais rápido possível após a agressão de forma cuidadosa, visando eliminar as sujidades sem agravar o ferimento.

2. Procurar uma unidade de saúde
Na unidade de saúde a limpeza do ferimento será repetida com substâncias antissépticas. Não é recomendado realizar sutura do ferimento, pois o mesmo é considerado contaminado. Médicos e enfermeiros avaliarão as características do ferimento e do animal envolvido para indicar a conduta de de profilaxia da raiva humana.

3. Cuidados com os animais transmissores
Nos casos de agressão por cães e gatos, quando possível, observar o animal por 10 dias para ver se ele manifesta doença ou morre. Se o animal desaparecer informar ao serviço de saúde.

Nunca tocar em morcegos ou outros animais silvestres diretamente, principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais.

registrado em: Medicina
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