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Refeições entregues em casa e comida congelada: como não entrar em uma fria!

Refeições entregues em casa e comida congelada: como não entrar em uma fria!

Publicada em 19/04/2021, por Raquel Costa Ferreira – Analista de Saúde do MPU / Nutricionista

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No último ano, a procura por refeições prontas entregues em casa e também por alimentos congelados aumentou muito no Brasil e em vários países do mundo, devido ao maior número de pessoas em teletrabalho. Nesta nova realidade, um hábito muito comum do brasileiro que era de comer em restaurantes tipo “self-service” foi substituído por marmitas e refeições do tipo fast-food!

Qual será o impacto dessa nova realidade para a saúde dos consumidores?

Em um buffet de autosserviço, o famoso “self-service”, o cliente tem mais variedade de saladas, carnes, guarnições e acompanhamentos, podendo montar seu prato com equilíbrio e moderação. Por outro lado, ao optar por uma refeição com porção escolhida pelo restaurante, percebe-se que há uma quantidade excessiva de alimentos fontes de carboidratos, como arroz, batata, farofa e macarrão, e uma porção insuficiente de hortaliças, geralmente por uma questão de custo de produção da refeição.

Uma outra questão está na quantidade de gorduras das preparações. Batata frita, hambúrguer, pizza e outras massas são campeões na lista de alimentos mais pedidos por aplicativos de entrega, contribuindo para um consumo exagerado de gorduras saturadas e colesterol.

O resultado dessa mudança de hábitos logo aparece na balança e nos exames de sangue: as queixas de aumento de peso, triglicerídeos aumentados, colesterol alto e glicemia elevada estão cada vez mais frequentes entre os pacientes atendidos pela Seção de Nutrição.

Então, o que fazer?

Algumas estratégias podem ajudar, mas para isso é importante mudar o pensamento na hora de pedir o almoço ou algum lanche. Vamos lá:

1. Pesquise por restaurantes de culinária saudável no aplicativo. Marmitas com opções de arroz integral, grelhados e vegetais podem ser uma alternativa mais equilibrada para alimentação. Quando possível, peça para reduzir a porção de arroz e escolha apenas uma fonte de carboidrato. Além disso, existem opções de salada completa em que é possível escolher os ingredientes e montar uma refeição deliciosa.

2. Para lanches à noite, procure por delivery de caldos, sopas, sanduíches integrais, crepe integral, tapioca ou salada completa.

3. Substitua as massas, pizzas e hambúrgueres por opções da culinária árabe, japonesa e mexicana, fugindo das frituras. Quibe assado, pão árabe com hommus ou pasta de berinjela, esfirra assada, sushi, temaki, poke, burrito, chilli e guacamole são preparações deliciosas e nutricionalmente mais equilibradas.

4. Opte por empresas de congelados que fazem refeições equilibradas. Geralmente elas terão o nome de “light”, “fit” ou “saudável”, mas é sempre bom conferir o que tem no cardápio. Busque por combinações que tenham uma proteína magra (carne, peixe, frango ou preparação vegana) combinada com vegetais (legumes e verduras) e um tipo de carboidrato (arroz integral, macarrão integral, batata, mandioca, milho ou quinoa). Confira a lista de ingredientes e prefira as que tem temperos naturais, óleo vegetal e sem adição de conservantes e aditivos químicos.

5. Lembre-se de comer frutas e hortaliças ao longo do dia, também nas refeições principais e lanches. É sempre válido ter salada lavada na geladeira para complementar o almoço e jantar.

Por fim, é sempre bom lembrar que uma refeição caseira, feita com ingredientes saudáveis, pouco sal e temperos naturais é a melhor opção para o dia-a-dia. Quando você come sua própria comida, você sabe o que utilizou, economiza nos gastos e evita o uso exagerado de embalagens descartáveis. Sua saúde e a natureza agradecem!

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