Você está aqui: Página Inicial / Notícias / Covid-19: Testagem, Afastamentos e Contatos Próximos

Covid-19: Testagem, Afastamentos e Contatos Próximos

Covid-19: Testagem, Afastamentos e Contatos Próximos

Live da SSI-Saúde esclarece diversas dúvidas sobre o novo coronavírus

Publicada em 22/09/2020

Esclarecer as principais dúvidas do público interno do MPF sobre o novo coronavírus. Foi esse o intuito da live promovida no dia 10/09 pela Secretaria de Serviços Integrados de Saúde (SSI-Saúde), intitulada "Testagem, afastamentos e contatos próximos em relação à Covid-19”.

Realizada pelo Google Meet, a live contou com a participação do reumatologista Adérito Cruz e do cardiologista Juliano Brum, ambos médicos do MPF. A proposta foi dar continuidade aos esclarecimentos de dúvidas sobre a Covid-19, que têm sido muito frequentes com o retorno ao trabalho presencial, algo que ocorrerá de forma gradativa.

A respeito da testagem, o Dr. Adérito Cruz pontuou se realmente valeria a pena fazer exame para Covid-19, quando seria o momento ideal, qual tipo deveria ser utilizado para cada situação, por qual motivo ele deveria ser realizado e com qual finalidade.

Ele separou os diagnósticos em dois tipos: o precoce e o tardio. Enquanto o diagnóstico precoce serve para isolar o paciente infectado, intervir de forma antecipada para tratá-lo e identificar as pessoas que convivem ou coabitam com ele; o diagnóstico tardio, por sua vez, serve basicamente para estudos epidemiológicos.

Como a eficácia dos testes ocorre em prazos específicos após a contaminação, o médico explicou que a testagem deve ser recomendada quando há sintomas da doença. Segundo informou, o teste que dá negativo não é garantia de que a pessoa não esteja com o vírus, ou mesmo que não possa tê-lo contraído no período entre a testagem e o retorno ao trabalho presencial. Por isso, a estratégia é partir da premissa que qualquer um pode estar com o vírus, adotar medidas visando assegurar que não ocorra sua transmissão no ambiente de trabalho (uso obrigatório de máscaras, medidas de higiene, redução do número de servidores por sala, distanciamento mínimo etc.) e afastar as pessoas sintomáticas.

Após detalhar as características de cada um dos tipos de exames utilizados atualmente, o Dr. Adérito Cruz concluiu que “não faz o menor sentido testar assintomáticos para que eles possam entrar em trabalho presencial. Não serve para isso e não foi feito para isso. Faz sentido testar os sintomáticos o mais precoce possível. Não existe um teste perfeito e, mesmo que existisse, não teria como ser utilizado como um passaporte de saúde para se voltar ao trabalho. Por isso, o teste não deve ser um critério para se voltar ao trabalho. Deve-se levar em consideração os sintomas. Os critérios devem ser clínicos e epidemiológicos”.

Para ampliar a conversa em relação aos aspectos epidemiológicos, o cardiologista Juliano Brum: definiu "contatos próximos" (ou "contactantes") e "grupos de risco"; orientou em relação aos cuidados de higiene pessoal; destacou a importância das barreiras de proteção e do distanciamento social; e explicou quais seriam às condições recomendadas para o afastamento do trabalho presencial.

Os contatos são classificados como "natural", que ocorre geralmente entre pessoas que moram juntas, e "eventual", quando o contato com o infectado ocorre fora do ambiente de convivência, geralmente desrespeitando a distância mínima de 2 metros, sem nenhuma barreira de proteção (máscaras, face shields etc.) e com duração superior a 15 minutos.

Nesse contexto, o Dr. Juliano Brum chamou a atenção para a importância da utilização da máscara. De acordo com o médico, se alguém tosse ou espirra, o vírus pode aumentar seu alcance. A máscara é comprovadamente a melhor barreira para evitar essa contaminação. Já o face shield, a proteção de plástico que fica suspensa em frente ao rosto, trata-se de um equipamento que pode ser utilizado de forma complementar, para evitar o contato direto com gotículas de saliva de pessoas que tossem ou espirram, mas ele jamais deve ser utilizado para substituir a máscara de tecido.

O médico explicou que o risco de exposição aumenta com a proximidade física e o tempo que se permanece próximo à pessoa infectada. Por isso, o risco costuma ser bem maior em transportes públicos, e se agrava se as pessoas não utilizarem máscara e mantiverem contato físico umas com as outras, como com os cumprimentos de mão.

Sobre os afastamentos, o Dr. Juliano Brum informou que serão indicados para todos aqueles que estiverem com quadro gripal, febre, tosse, dor de garganta, alteração do cheiro ou paladar. Desenvolverão as atividades em teletrabalho não apenas as pessoas que têm sintomas da doença, mas também aquelas que mantêm contato próximo com pessoas que sabidamente têm a doença (pessoas que coabitam com infectados). Claro que, se a pessoa estiver muito doente, sem condição de trabalho, ela ficará totalmente afastada. Após 10 dias, em média, a pessoa já estaria em condições de voltar ao trabalho presencial.

Por fim, quanto a definição de "grupo de risco", ele não corresponde ao grupo familiar, e sim, às pessoas que, ao serem contaminadas, têm um risco aumentado de desenvolverem a forma grave da doença. Idosos, gestantes, condições médicas (imunossupressão, doenças pulmonares graves, doenças cardíacas, hipertensão grave, diabete grave etc.), obesidade mórbida etc. Quanto mais graves é doença, maior é o risco, concluiu o médico.

Perguntas respondidas durante o evento:

1) Sobre retorno ao trabalho presencial, qual é a atitude da PGR em relação ao grupo de risco por doenças?

2) Tendo a confirmação da Covid-19 pelo PCR, é possível fazer o teste rápido para avaliar se a pessoa parou de transmitir a doença?

3) Em alguns pacientes com Covid-19 observou-se que o IgG também aparece na fase aguda, junto com IgM e IgA.

4) Todo mundo que teve a doença com sintomatologia e se curou está imune?

5) A pessoa assintomática transmite o vírus?

6) Quem contraiu o vírus fica necessariamente imune?

7) Usar a máscara com o face shield protege mais?

8) Não seria prematuro o retorno ao trabalho presencial, uma vez que o assintomático pode contaminar outra pessoa?

9) Ficarão afastadas do trabalho presencial as pessoas do grupo de risco portadoras de doenças graves?

10) Quanto às máscaras de pano, há alguma especificação mínima em relação ao tipo de tecido, quantidade de camadas etc.?

11) Após o término dos sintomas, quanto tempo as pessoas que tiveram Covid-19 deverão aguardar para retornar ao serviço presencial?

12) Cefaleia, ageusia e anosmia são motivos para se manter o afastamento?

13) Uma vacina permitirá o retorno ao normal de todas as atividades?

14) Qual a posição da SSI-Saúde em relação ao retorno às atividades presenciais das pessoas com problemas de saúde?

15) Qual exame que demonstra se a pessoa já teve Covid-19 em algum momento da vida?

16) As máscaras devem ser trocadas a cada 2 ou 3 horas?

17) Quem tem espondilite anquilosante pode retornar ao trabalho presencial?

18) Os médicos da PGR estão prescrevendo medicação para os sintomáticos?

19) Pessoa do grupo de risco que já teve Covid-19 deve continuar em teletrabalho?

20) A PGR está fazendo testes no ambulatório?

21) Pessoa saudável com dependente em grupo de risco pode ser considerada parte desse grupo?

22) A pessoa com sintomas deverá contar 7 dias a partir do dia que não tiver mais sintomas para então retornar ao trabalho presencial?

23) Pessoas com obesidade atestada como causa de agravamento da doença pode ser considerada do grupo de risco?

24) “O MPF tem produzindo bastante, mesmo com o pessoal em teletrabalho. Torço para que o teletrabalho seja ampliado quando a normalidade retornar.”

25) Em relação ao Covid-19, o que devem fazer as pessoas alérgicas que gripam com frequência?

26) Como diferenciar gripe comum de Covid-19?

27) Após contato com o vírus, quanto tempo leva, em média, para apresentar sintomas?

28) É indicado o uso de luvas para manuseio de processos físicos?

29) Como se avalia a evolução do tratamento de casos graves do início da pandemia até o momento atual?

30) A partir de quando a pessoa com sintoma de perda de olfato e/ou paladar começa a contar o prazo para o fim do afastamento?

31) Quem tem sinusite crônica teria risco aumentado de desenvolver a forma grave da doença?

32) Essas boas práticas estão sendo disponibilizadas para todos os colaboradores?

33) A PGR vai disponibilizar álcool gel?

34) A higiene diária do nariz com soro fisiológico ajuda a reduzir as chances de contágio?

35) Perdi o paladar para doces em abril. Será que tive Covid-19?

36) Qual é o entendimento de contaminação por toque a objetos (maçanetas, botão de elevador etc.)?

37) Pessoas do tipo sanguíneo A+ têm mais risco de evoluir para o quadro grave da doença?

38) A vacina contra a pneumonia ajuda na proteção do pulmão?

39) Por que não se deve reutilizar a roupa que voltamos da rua?

Mais dúvidas podem ser esclarecidas em "Perguntas Frequentes sobre Covid-19".

registrado em: Medicina, Covid-19
Portal da Saúde