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Necessidades e Perfil das Pessoas com Deficiência no MPF

Estudo visa aprimorar as condições de trabalho e de acessibilidade para PcDs no MPF

Publicada em 08/09/2022

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No período de 23/02 a 12/03/2021, foi aplicada a pesquisa “Levantamento das Necessidades e Perfil das Pessoas com Deficiência do MPF”, com o objetivo de proporcionar condições de acessibilidade e meios de trabalho adequados para integrantes com deficiência do MPF.

O estudo foi elaborado pela equipe de Serviço Social da Assessoria Psicossocial da SSI-Saúde, com o apoio da Comissão Permanente de Inclusão do MPF, a partir da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI).

Servidor da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) e deficiente visual, Leonardo Antônio é o idealizador da Comissão Permanente de Inclusão do MPF. Ele comenta sobre a importância da iniciativa: “Essa pesquisa é fundamental para que a gente crie um retrato das PcD na Instituição; saiba em que lugares estão, quais os tipos de deficiência e suas necessidades. Dessa forma, podemos oferecer os recursos essenciais para que todos realizem seu trabalho com igualdade.”

Acesse o estudo completo em https://my.visme.co/view/01n49m46-d3o26vym4oerlgxw, ou, se preferir fazer o download do documento em formato PDF, clique aqui.

Resultados da Pesquisa

O questionário foi disponibilizado para 323 integrantes do MPF, os quais indicaram necessidade de superação de barreiras arquitetônicas, tecnológicas, de comunicação ou atitudinais, enfatizando a importância de um ambiente acessível e inclusivo, em igualdade de condições com os demais trabalhadores do MPF. Desse modo, os resultados foram divididos em duas categorias: "Necessidade de Adaptação" e "Barreiras Atitudinais".

Necessidade de Adaptação

A categoria "Necessidade de Adaptação" se refere à eliminação de barreiras ambientais e à aquisição de produtos, equipamentos e serviços que promovam a autonomia das pessoas com deficiência para a realização do trabalho em condições de igualdade com as demais.

No levantamento quantitativo, as principais necessidades de adaptação foram:

  • 13% se referem a estações de trabalho ergonômicas (mesa e cadeira);
  • 9%, a ambientes digitais do MPF (sistemas e conteúdos eletrônicos acessíveis);
  • 8%, a monitores maiores;
  • 6%, a configurações específicas de monitor para pessoas com baixa visão;
  • 5%, a aparelhos telefônicos com amplificador de escuta e sinal luminoso;
  • 4,6%, a fones para atendimento telefônico; e
  • 3,5%, a lupas eletrônicas.

Barreiras Atitudinais

Embora apresentem uma maior dificuldade de verificação, pelo caráter subjetivo, as barreiras atitudinais são de suma importância para o debate, pois afetam a pessoa com deficiência em sua identidade e sentimento de pertencimento. Tais barreiras referem-se à estigmatização (atitudes que marcam ou classificam negativamente a pessoa por preconceito ou discriminação), ao desmerecimento (falta de crédito, confiança ou estima) e à marginalização (distanciamento ou isolamento das demais pessoas do grupo), ao assédio moral, à falta de empatia e desconhecimento sobre a questão da deficiência. As barreiras atitudinais identificadas com maior frequência foram: dificuldade de acesso a cargos de chefia, atitudes de preconceito e discriminação; invisibilidade; assédio moral e falta de empatia.

registrado em: SSI-Saúde
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